A pesquisa envolveu diversas entidades de defesa dos direitos humanos e organizações não-governamentais brasileiras. O livro será lançado em português e em inglês. São três capítulos. O primeiro "O passado ainda é presente", é um retrato das Forças Armadas, que destaca os graves problemas enfrentados pela corporação com grande número de alcoólatras e usuários de drogas e a prática sistemática da tortura entre os seus próprios componentes. A espionagem do Exército, os mortos e desaparecidos políticos também estão na publicação.

A segunda parte trata da "Violência urbana e justiça". Os textos abordam o resultado do julgamento do Massacre do Carandiru em São Paulo, a absolvição dos quatro policiais envolvidos em uma chacina de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista e a violência na Avenida Paulista durante um protesto contra a criação da Area de Livre Comércio das Américas (Alca) com a prisão de 69 pessoas, entre eles 40 menores, e que deixou cem pessoas feridas.

A violência rural e a luta pela terra estão no terceiro capítulo, que inclui o trabalho escravo, a violência contra trabalhadores rurais no Sul e Sudeste do Pará, o julgamento dos policiais acusados pelo assassinato de 19 trabalhadores rurais em Eldorado dos Carajás (sul do Pará), e a impunidade no caso Margarida Alves, líder sindical morta há 18 anos com um tiro no rosto em frente a sua casa, na Paraíba.

Redação Terra

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