Três explosões deixaram onze mortos
Gabriela Escobar/Redação Terra
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O presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, enfrenta mais uma tragédia em sua administração
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Na madrugada do dia 15 de março os trabalhadores da Plataforma P-36 da Petrobras - a maior plataforma flutuante para extração de petróleo do mundo - foram surpreendidos por uma explosão. Começou aí uma tragédia que acabaria com o afundamento do complexo e a perda de onze vidas. Como repercussão houve várias denúncias de irregularidades e tradicional jogo de empurra na hora de assumir uma eventual culpa pelo acidente.
A explosão, que aconteceu por volta das 0h20, foi a primeira. Mais duas a seguiram, todas na mesma coluna de sustentação. No momento do acidente 175 trabalhadores estavam a bordo. Um homem morreu na hora e outros nove desapareceram no mar. Além deles outro plataformista ficou gravemente ferido, morrendo menos de uma semana mais tarde.
Além das perdas humanas, a estatal ainda enfrentou o afundamento da P-36 - que custou aos cofres da empresa mais de U$S 1 bilhão - cinco dias mais tarde. Todo o aparato para evitar a perda total da plataforma foi em vão, a estrutura gigantesca, contendo mais de 1,5 milhão de litros de óleo, afundou na manhã do dia 20 de março, em menos de 10 minutos.
Agora os responsáveis pela P-36 terão que responder porque deixaram que um problema aparentemente grave (um defeito no queimador constava dos últimos relatórios da plataforma) ficasse sem solução durante dias. A empresa, que é referência no setor de extração de petróleo, terá também que explicar porque tem números tão altos de acidentes fatais. Segundo dados do Sindicato dos Petroleiros, foram 93 mortes nos últimos três anos.
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