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Leia a íntegra do pronunciamento de FHC sobre o fim do racionamento

Terça, 19 de fevereiro de 2002, 18h23

Na mensagem de Natal do ano passado, fiz questão de reconhecer que todos os brasileiros estavam contribuindo generosamente para a solução da crise de energia. "Você apagou a luz e iluminou o Brasil" - afirmei na ocasião. Acho que essa frase diz tudo sobre o que se passou nestes últimos
meses. No começo, muitos não acreditavam que seríamos capazes de vencer esta crise.

Só falavam em "apagão" e em todo tipo de conseqüência negativa para a economia e para o país. Felizmente, e graças a você, brasileiro, nada disso aconteceu. A situação mudou, e para melhor.
Primeiro, as chuvas vieram com vontade. No Nordeste, onde a situação era mais crítica, os reservatórios
superaram os 48% ontem.

Em novembro do ano passado, eles ficaram próximos a 7%, bem perto do mínimo necessário para garantir uma operação segura. No Sudeste e Centro-Oeste, os reservatórios atingiram ontem cerca de 57%. Este nível, no final do ano passado, era de 32%. Mas não estamos melhor apenas porque choveu. Não ficamos dependendo apenas da chegada das chuvas. A ajuda do nosso povo foi fundamental. Ele aderiu ao racionamento de forma decidida. Sem esta ajuda, poderia ter sido muito pior.

Lembrem-se: chegou-se a falar que seriam necessários apagões diários de, no mínimo, quatro horas.
Já pensaram o que seria isso? Foi quando determinei que não recorreríamos aos apagões sem antes tentar a
ajuda do povo. Criei a Câmara de Gestão da Crise e dei essa determinação. Sabia que podia confiar no povo brasileiro. Por isso, e mais uma vez, o Presidente da República vem dizer, com orgulho: obrigado, povo brasileiro. Mas o Governo também fez sua parte.

A Câmara propôs e eu aprovei muitas medidas que vão ajudar a evitar a repetição do problema no futuro.
Criamos um programa de energia emergencial. Todas as usinas deste programa já foram contratadas e estarão instaladas até o final de junho. A maior parte dessas usinas está no Nordeste, onde o problema era mais grave: suas hidrelétricas dependem de um único rio, o São Francisco. Criamos também um programa de aumento permanente da geração de energia. Acompanhamos diretamente todas as obras, com visitas de inspeção pelo menos uma vez por mês.

Em 2001, aumentamos nossa capacidade de geração em cerca de 3 mil MW. Estamos diversificando nossas fontes de energia, para reduzir o risco de depender muito somente das hidrelétricas. Nosso programa permanente conta com a construção de mais de 30 usinas térmicas a gás, além de outras fontes alternativas, como o bagaço da cana-de-açúcar e a energia gerada pelos ventos.

Com tudo isso, estaremos acrescentando de 2002 a 2004 cerca de 20 mil MW ao nosso parque gerador, sem contar com as importações. Isso equivale a quase duas Itaipu. Também foram propostos mecanismos que alertarão o Governo e a sociedade sobre a possibilidade de ocorrerem problemas futuros no abastecimento de energia.

Com antecedência de dois anos, uma espécie de sinal amarelo será ligado caso possa ocorrer falta de energia. Antecedência essa necessária para que medidas preventivas possam ser adotadas com segurança.
Se este sinal amarelo acender, acionaremos todas as nossas usinas térmicas, inclusive as emergenciais, para poupar a água de nossos reservatórios. Já há, portanto, todas as condições para suspendermos o racionamento. Mas muitos brasileiros têm duvidas se esta é a hora.

Uma recente pesquisa mostrou que quase 80% das pessoas pretendem manter ou mesmo aumentar a economia de energia elétrica. Refleti muito sobre o tema e me perguntei: se o povo se dispõe a manter voluntariamente a economia de energia, por que deveria o governo obrigá-lo a fazer isso?

Por isso, decidi terminar o racionamento obrigatório a partir de 1º de março, eliminando também as sobretarifas. Sairemos do racionamento obrigatório para a economia voluntária. E tenho certeza de que não veremos sinais de esbanjamento de energia.

Todo esse episódio mostrou que a transparência, a confiança no povo e a coragem de enfrentar os problemas sempre foram instrumentos de ação política do meu Governo. Foi assim que derrubamos a inflação, que vencemos as crises financeiras, que implantamos a mentalidade da responsabilidade fiscal no país.

E é assim que já começamos a pagar a nossa histórica dívida social, com programas como a Bolsa-Escola e a Bolsa-Alimentação. A superação da crise de energia é mais um capítulo da nova era que vivemos
hoje no Brasil.

Garanto a você, brasileiro, que nenhum obstáculo nos impedirá de construirmos um Brasil melhor.
Um Brasil que se mantém confiante no rumo traçado. A colaboração de cada um de vocês só reforçou em mim a crença no meu país e em meu povo.

Muito obrigado e boa noite.

Fonte : Redação Terra

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