O presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), ministro Pedro Parente, oficializou nesta terça-feira que o último dia do racionamento de energia elétrica será 28 de fevereiro. A partir de 1º de março, não há mais racionamento. O anúncio foi feito após uma reunião em Brasília da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), que contou com a participação do presidente Fernando Henrique Cardoso. À noite, FHC fez um pronunciamento em rádio e TV confirmando a decisão.

Mesmo com o fim do racionamento de energia elétrica, os consumidores de baixa renda continuarão a contar com o bônus até dia 31 de março. Segundo o ministro de Minas e Energia, José Jorge, o bônus deve continuar neste período para quem consome até 100 quilowatts de energia, o que deverá custar cerca de R$ 50 milhões para o Tesouro Nacional.

Pedro Parente garantiu que mesmo que aconteça uma seca como a registrada no ano passado nas Regiões Sudeste e Nordeste, o Brasil não terá racionamento entre 2002 e 2003 devido às ações de prevenção no setor de energia elétrica tomadas pelo governo federal durante o período de contenção. "Ninguém pode prometer pela natureza, mas, na minha opinião, é improvável que haja racionamento nos próximos dois anos", completou.

Para que a situação permaneça a mesma em 2004, Parente diz que é preciso que se siga o programa de obras e que se consolide o Comitê de Revitalização.

O ministro informou que um comitê permanente do governo deverá manter práticas que tiveram bons resultados durante o período de racionamento, como reunir todos representantes do setor de energia para discussão de temas como consumo e economia.