Ministro diz que contratos servirão como banco de energia
Quinta, 10 de janeiro de 2002, 19h40
O ministro de Minas e Energia, José Jorge, disse que os contratos assinados hoje entre a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE) e produtores independentes de energia elétrica servirá como um banco de energia. Ele poderá ser utilizado para colocar um ponto final no racionamento de energia elétrica, ajudar no armazenamento de energia (por meio de economia da água) e como seguro para o futuro. Hoje à tarde, o ministro participou da solenidade de assinatura desses contratos que tem como objetivo aumentar a oferta de energia em curto prazo nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, caso o nível de armazenamento de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas fique abaixo das projeções. A CBEE contrará 2.153,6 megawatts de capacidade instalada em 38 usinas. Sem utilizar a energia, o governo gastará R$ 4 bilhões até dezembro de 2005 somente com aluguel e seguro, ou seja, será cobrado R$ 70 hora por megawatt armazenado. Se o governo utilizar dessa energia, este custo subirá para R$ 280 por megawatt hora. De acordo com o contrato firmado com o Tesouro Nacional, o valor estabelecido para o negócio é de R$ 16 bilhões. José Jorge disse ainda que o fim do racionamento de energia elétrica pode ser antecipado se o nível dos reservatórios alcançar a 52% da capacidade. O ministro afirmou também que as 18 medidas anunciadas ontem pela Câmara de Gestão da Crise de Energia deverão estar totalmente implantadas em seis meses e que o Ministério de Minas e Energia esteja reaparelhado em 60 dias.
Fonte : InvestNews/Gazeta Mercantil
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