A Câmara de Gestão da Crise de Energia criou uma nova opção de cálculo da meta de racionamento de energia, nesta terça-feira, para os consumidores residenciais e comerciais das regiões que participam do Plano de Racionamento. O cálculo, que até agora era baseado no consumo médio dos meses de maio, junho e julho de 2000, agora poderá ser feito com base na média de consumo dos meses de dezembro de 2000, janeiro e fevereiro de 2001. Os consumidores poderão optar por manter a base antiga, caso a meta seja menor.Caso a opção seja adotar os meses de verão como base para o cálculo, a meta de redução de consumo será de 20%. Se o consumidor optar por continuar com o cálculo antigo, as metas permanecem em 17% para o Nordeste, 12% para o Sudeste e o Centro-Oeste. A meta nas cidades consideradas turísticas são cinco pontos percentuais menores do que as da região em que se localizam.
As mudanças nas regras de racionamento foram anunciadas na tarde desta terça-feira pelo presidente do CGE, ministro Pedro Parente, e já valem para o mês de dezembro. "O governo levou em conta a economia que já foi feita até agora pelas regiões", afirmou.
A flexibilização teve como objetivo enquadrar o Plano de Racionamento com as características do verão. Algumas cidades queriam a alteração de metas por causa do grande uso de ar-condicionado durante a estação.
A redução no consumo de energia foi uma das primeiras medidas a entrar em vigor no Plano de Racionamento, iniciado no dia 4 de junho. O objetivo da medida é preservar os níveis dos reservatórios de água das usinas hidrelétricas, que estavam abaixo do normal por causa da estiagem.