Nordeste economiza abaixo da metade da meta de racionamento
Quarta, 21 de novembro de 2001, 16h33
A redução no consumo de energia no Nordeste ficou em 9,5% nesta terça-feira. O índice, calculado a partir da comparação entre o consumo atual e a média dos meses de maio, junho e julho de 2000, está abaixo da metade da meta de 20% imposta pelo Plano de Racionamento. Na média, entre os dias 1 e 20 de novembro, a economia na região está em 13,3%.
A baixa economia na região está gerando preocupação nos membros da Câmara de Gestão da Crise de Energia. O nível dos reservatórios da região está cada vez mais baixo. Na usina de Sobradinho, onde é acumulada a água que gera 70% de toda a energia elétrica consumida na região, o nível é de 5,55%. Em 2000, nesta época do ano, o nível do reservatório se encontrava acima dos 20%.
Nas demais regiões a situação é mais tranqüila. No Sudeste e no Centro-Oeste, que são considerados como apenas uma região para o Plano de Racionamento, a economia de novembro é de 17,6%. No Norte, que entrou no racionamento para garantir o repasse de parte da energia gerada na região para o Nordeste, o índice é de 19,7%. Com as chuvas e com a recuperação dos níveis dos reservatórios, o governo pode anunciar uma redução na meta de economia de energia destas regiões nesta quinta-feira.
A redução no consumo de energia foi uma das primeiras medidas contra a Crise de Energia anunciadas pelo governo. Desde o dia 4 de junho, quando se iniciou o Plano de Racionamento, foi determinado às regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste a meta de 20% de economia de energia. Posteriormente, a região Norte também entrou no racionamento, com a mesma meta.