As micro e pequenas empresas que consomem mais de 5.000 KWH/mês poderão, a partir de agora, comprar energia com descontos de até 40%. Foi criado o Programa Simpi de Energia - uma bolsa que funcionará amparada pela Resolução 40 da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica. Empresas que estiverem enfrentando dificuldades para se adequar às cotas do plano de racionamento poderão comprar energia mais barata no Simpi. Com isto, as micro e pequenas empresas não serão obrigadas a pagar a tarifa do Mercado Atacadista de Energia (MAE), onde os preços são acrescidos de multa de 25%. O MAE foi criado para amenizar os efeitos da crise, mas não desperta muito entusiasmo por causa dos preços e da burocracia.
O Simpi é resultado da parceria entre a Associação dos Sindicatos de Micro e Pequenas Empresas (Assimpi) com a União Comercializadora de Energia Elétrica Ltda, para permitir que o setor se adapte às metas impostas pelo plano de racionamento.
No Brasil há cerca de 4,7 milhões de micro e pequenas empresas formais, representam 96% das indústrias, e são responsáveis por mais de 70 milhões de empregos diretos. Segundo Joseph Couri, presidente Assimpi, essas empresas estão tendo prejuízos e perdendo negócios por causa do racionamento.