CBEE vai garantir operação de geradoras emergenciais
Sexta, 05 de outubro de 2001, 12h32
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Francisco Gros, informou hoje que a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE) vai garantir a liquidação do preço do Mercado Atacadista de Energia (MAE) para as usinas termelétricas (marchand) que estão sendo instaladas com o objetivo exclusivo de negociar com o mercado. "Temos a consciência clara de que algumas dessas usinas já estão prontas para gerar energia e, nas atuais condições, não tem como fazê-lo. Portanto, uma atuação da CBEE é urgente", disse Gros.
Segundo ele, as "regras do jogo para o funcionamento desse modelo de comercialização serão divulgadas na próxima semana". Gros esclareceu que a atuação da CBEE neste sentido ocorrerá até que o mercado atacadista comece a funcionar efetivamente. Ainda de acordo com o presidente do BNDES, será estabelecido um teto para o preço e haverá um adiantamento de recursos para as empresas, porque a liquidação do preço do MAE está prevista para acontecer somente a partir de junho de 2002. "Até lá, haverá o pagamento de um preço fixo para cobrir os custos variáveis de operação da empresa, de modo que, do ponto de vista de caixa, elas possam pôr suas geradoras para funcionar sem ter nenhum prejuízo", afirmou.
Na avaliação de Gros, o conceito básico é que o governo atue neste momento em que o mercado não está atuando. O cronograma do governo prevê que, até março do ano que vem, entrem em operação dez térmicas marchand, colocando no sistema elétrico mais 2.153 megawatts. Uma das térmicas que já estão praticamente concluídas é a Eletrobolt, no Rio de Janeiro.