A utilização do gás natural para a produção de energia elétrica é a solução mais viável econômica e ecologicamente para o Brasil. A avaliação é do superintendente de Geração da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Ricardo Furtado, que considera, no entanto, importantes os investimentos na construção de hidroelétricas e na ampliação do programa de interligação regional da rede elétrica. Furtado participou do Primeiro Simpósio Internacional sobre Ecoturismo e Desenvolvimento Sustentável dos países da Bacia Amazônica - Ecotour 2001, que acontece em Manaus, promovido pelo Instituto Ambiental Biosfera. Algumas regiões do País já utilizam o gás natural para atender a demanda de energia elétrica.
A região Centro-Oeste importa gás da Bolívia, através de gasoduto; a região Sul importa da Argentina; as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro utilizam o gás produzido na Bacia de Campos. O Nordeste já estuda a possibilidade de utilização de gás natural para a geração de energia elétrica, faltando, no entanto, definir a forma de transporte.
Uma das propostas que está sendo avaliada, segundo Furtado, é fazer o transporte do gás, do seu local de origem, em forma líquida, e depois reverter o processo para transformá-lo em energia. Furtado alerta para a necessidade de fazer um estudo ambiental antes de construir os gasodutos, para evitar possíveis impactos ao meio ambiente.
Segundo ele, a utilização do gás natural como gerador de energia é importante para o Brasil, tanto por uma questão econômica quanto ecológica, pois além de sua produção ser mais barata que a energia gerada por outras fontes como hidrelétricas, nuclear e óleo diesel, é também mais limpa causando menos prejuízo ao meio ambiente.