Racionamento acarretará prejuízos de pelo menos R$ 6 bilhões
Segunda, 24 de setembro de 2001, 20h08
O presidente da Enron, empresa norte-americana que atua na construção de usinas, para a América do Sul, Orlando Gonzalez, disse hoje que o racionamento de energia elétrica deverá acarretar às empresas de distribuição e geração de energia elétrica prejuízos da ordem de R$ 6 bilhões. Falando por ocasião da solenidade de acionamento das quatro primeiras turbinas da Usina Termelétrica Eletrobolt, em Seropédica, na Baixada Fluminense, Gonzalez defendeu a necessidade de equacionar rapidamente as pendências do setor, que poderão levar a perdas da ordem de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões.
"Esta questão do repasse às tarifas dos prejuízos decorrentes dos custos gerenciais acarretados pelo racionamento, ainda continua sem solução, e o governo ainda não encontrou uma solução para o problema. A proposta das empresas é que seja cumprido o que consta do contrato de concessão, com a garantia do equilíbrio econômico-financeiro das concessões e o repasse dos custos das controladas.
O racionamento, ao gerar o desequilíbrio entre a geração e a distribuição acarretou perdas da ordem de R$ 6 bilhões. O restante diz respeito ao passivo tarifário do passado, estimado em aproximadamente R$ 5 bilhões, além do aumento de outros custos, como os relativos à importação."