O ministro Pedro Parente, coordenador da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, voltou a descartar os apagões nas próximas seis semanas para as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Para o Nordeste, o prazo é de quatro semanas. O ministro considerou a folga no nível dos reservatórios das três regiões, apesar da economia de energia estar abaixo de 20%.
"Enquanto tivermos números positivos na curva-guia, esse ligeiro aumento do consumo não nos preocupa", garantiu o ministro durante entrevista coletiva no Palácio da Alvorada. No Sudeste e Centro-Oeste, a capacidade de armazenamento das barragens está 3,26 pontos percentuais acima da estimativa. No Nordeste, o percentual cai para 1,13.
A melhora no nível dos reservatórios se deve também às chuvas das últimas semanas, que no Nordeste chegou a 63% da média histórica, contra uma previsão de 56%. No Sudeste e Centro-Oeste, a média de chuvas passou de 75% para 95% e a redução do consumo nos últimos 13 dias foi de 18,4%. A economia no Nordeste, no mesmo período, atingiu apenas 17,6%.
O ministro voltou a considerar a possibilidade da meta de racionamento em 2002 ser de apenas 5%. Este percentual considera o consumo em período normal e não durante o racionamento e leva em conta também a compra de energia emergencial.