Grupo Gerdau não registra prejuízos apesar da crise energética
Segunda, 10 de setembro de 2001, 19h55
A despeito de contar com unidades em três estados do Nordeste, região onde a crise energética se apresenta de forma mais crítica, o Grupo Gerdau não tem notícias de prejuízos. O presidente do maior grupo siderúrgico do país, Jorge Gerdau Johannpeter, revela que conseguiu driblar o problema com um ajuste operacional, reduzindo a produção onde há crise de energia e aumentando onde o quadro energético se mantém inalterado.
O empresário admite uma queda considerável nas exportações de aço, que despencaram das 154 mil toneladas registradas ano passado para 78 mil toneladas, volume de vendas ao exterior que ele prevê até o final deste ano. O grupo fechou em 48 mil toneladas as exportações de aço no primeiro semestre.
Para compensar a perda, a Gerdau ampliou em 6% a produção de laminados em suas unidades no sul do país e passou a atender plenamente o mercado interno. Como o valor do laminado é superior ao do aço, a redução das exportações não deverá causar impacto no faturamento global do grupo. "Todos os nossos clientes nacionais estão sendo atendidos satisfatoriamente", assinalou.
Apostando que a crise no setor de energia estará contornada até o final do ano, no máximo no início do próximo, o empresário revela também que não alterou o processo de novos investimentos em curso no grupo e mantém a decisão de injetar mais US$ 100 milhões no Nordeste até 2003, contemplando sobretudo o aumento da produção. Jorge Gerdau foi à Bahia comemorar, junto com funcionários, o centenário do grupo.