Novos donos da Copel terão de ampliar capacidade instalada
Quarta, 05 de setembro de 2001, 19h47
Entre as obrigações a que estarão sujeitos os novos controladores da Companhia Paranaense de Energia (Copel) está a expansão em pelo menos 20%, no prazo de dez anos, da atual capacidade instalada, de 4.549 MW. Além disso, deverão ser assegurados direitos sociais aos empregados, que não poderão ser demitidos nos 18 meses seguintes à privatização.
Ainda de acordo com as regras estabelecidas no edital que será publicado amanhã no Diário Oficial do Paraná e que foram anunciadas hoje, a Copel deverá continuar como companhia de capital aberto por pelo menos cinco anos e não poderá mais ter seu nome alterado. Pelo menos um membro do Conselho de Administração terá de ser indicado pelos funcionários, segundo as regras. Também deverão ser realizados investimentos para a melhoria dos níveis de capacidade técnica da companhia.
Os termos do edital foram apresentados hoje num hotel da Zona Sul do Rio pelo secretário estadual de Fazenda do Paraná, Ingo Henrique Hubert, que também preside a Copel. Segundo ele, uma semana antes do leilão (marcado para 31 de outubro na Bolsa de Valores do Rio), a empresa realizará uma oferta pública de recompra das ações atualmente em mãos de minoritários - que representam 15% do capital total. Os funcionários da Copel terão direito a 10% das ações a serem leiloadas.