A Perdigão fechou parceria com a Universidade do Oeste Catarinense (Unoesc) e com a Cooperativa Regional de Produtores de Aves e Suínos (Coperavisu) para implantar um sistema de biodigestores nas propriedades de seus 4 mil produtores integrados. Segundo a empresa, o projeto prevê a utilização, a médio prazo, de dejetos de aves e suínos na geração de energia e o aprimoramento do uso desses dejetos como fertilizantes pelos produtores integrados da empresa. A Perdigão e a Coperavisu patrocinarão o estágio de quatro estudantes de Engenharia Civil da Unoesc, que vão trabalhar nas propriedades, pesquisando volumes de dejetos gerados, sua atual destinação e dimensionando a necessidade de equipamentos para implantação do sistema de biodigestores. Posteriormente, será selecionada uma propriedade para implantação da unidade piloto do projeto.
Com a biodigestão, os dejetos de aves ou suínos passam por um processo de cozimento, formando o biogás, que entra em auto-combustão e pode gerar energia elétrica. Atualmente, o consumo de gás e de eletricidade representa cerca de 30% do gasto total do produtor. Ao final da biodigestão, os dejetos são transformados em fertilizante livre de coliformes fecais, podendo ser utilizado diretamente no solo, sem risco de contaminação.
As leis ambientais brasileiras permitem que os dejetos sejam utilizados como adubo sem antes passar por um processo de pré-aquecimento. Porém, em países da Europa o processamento já é obrigatório.
A expectativa da empresa com o projeto é possibilitar aos integrados uma melhoria no tratamento ao meio ambiente, reduzindo os custos de produção. A Perdigão prefere não informar quais serão os gastos no projeto. A empresa investe, em média, R$ 1 milhão por ano em projetos ambientais.