BNDES diz que governo manterá prudência sobre racionamento de energia
Terça, 04 de setembro de 2001, 14h48
A Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE) certamente continuará a ser muito prudente. A afirmação é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Francisco Gros, respondendo a preocupações demostradas por alguns setores empresariais em que o governo, por razões políticas, poderia afrouxar as medidas do plano de racionamento de energia elétrica. Gros diz que o governo somente irá flexibilizar o programa de racionamento no momento em que seja possível ter absoluta certeza de que a água disponível nos reservatórios será suficiente para garantir o relaxamento do programa. Para isso, o governo depende de duas variáveis que não pode controlar e uma terceira que vai depender da rapidez nas respostas à garantia de investimentos no setor. O primeiro refere-se à quantidade de chuvas, a segunda, é sobre a importância de que a população cumpra a redução prevista no consumo. O terceiro fator diz respeito ao aumento de oferta de energia no menor prazo possível, o que, segundo o presidente, vem sendo prioridade dos esforços do governo para viabilizar essa implementação de capacidade de geração. Para Gros, caso esses três fatores tenham um desenvolvimento de acordo com o planejado pela GCE, certamente será possível sair do racionamento no mais curto prazo. Gros participou nesta manhã do 2º Encontro de Negócios de Energia, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo com o apoio da Gazeta Mercatil.
Fonte : Investnews - Gazeta Mercantil
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