Em outubro, a Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), empresa criada pelo governo para intermediar a compra de energia em função do racionamento, começará a contratar as primeiras usinas móveis instaladas em barcaças, contêineres e carretas que produzirão energia utilizando óleo diesel e óleo combustível.A informação foi divulgada há pouco pelo ministro de Minas e Energia, José Jorge, que lançou oficialmente, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o programa emergencial de contratação de energia.
A expectativa é de que em janeiro do próximo ano, as usinas, com capacidade variando de dez MW a 350 MW, já estejam instaladas. Os primeiros contratos atenderão a região Nordeste, que está em situação mais crítica, segundo o ministro. Mas também está prevista a operação de usinas dessa modalidade no Sudeste e Centro-Oeste.
Serão aceitas propostas para a vigência dos contratos com prazo de encerramento no final de 2003, 2004 e 2005. Inicialmente, a CBEE estará alugando o equipamento sob a forma de um seguro para o sistema elétrico, ou seja, as usinas só entrarão em operação, se necessário.
Na avaliação do ministro, com este programa emergencial fica praticamente descartado o risco de apagão em 2002. Ele informou ainda que o ministério vai auxiliar os produtores independentes de energia elétrica para agilizar a obtenção de licenças ambientais.