Ministro descarta adoção do Plano B na região Norte
Quarta, 29 de agosto de 2001, 13h39
O Plano B do racionamento, que prevê a adoção de feriados e apagões programados, não será adotado na região Norte. Foi o que garantiu o ministro de Minas e Energia, José Jorge. "O plano B não foi feito pensando na região Norte, e não se aplica àqueles estados", disse o ministro. A justificativa é que a região Norte só entrou no racionamento para manter a transferência de energia para o Nordeste, que está em situação mais crítica. Desta forma, se houver déficit de energia no Norte, será reduzida a transferência de megawatts para o Nordeste. Atualmente, o Norte contribui com 800 Mw e o Sudeste, com 500 Mw.
O ministro anunciou ainda que a Câmara de Gestão da Crise de Energia decidiu fazer uma pesquisa de opinião para saber os efeitos do racionamento na população e como a sociedade conseguiu reduzir o seu gasto. "Queremos verificar onde e porque não deu certo, para fazer alguns ajustes".
Segundo Jorge, setembro será o período mais crítico do racionamento por ser o mês em que há maior queda no nível dos reservatórios. Em relação ao Nordeste, a expectativa do ministro para compensar o aumento do gasto de energia nas últimas semanas é de que os 30% dos consumidores que ainda não atingiram a meta consigam economizar. "Há uma tendência de relaxamento na região Nordeste, mas esperamos que esse percentual que ainda não atingiu a meta colabore agora".
Par esta região, ele voltou a afastar a adoção do Plano B nas próximas quatro semanas em virtude da folga no nível dos reservatórios de 0,92 ponto percentual. No Sudeste e Centro-Oeste, o prazo continua sendo de seis semanas longe dos riscos dos apagões programados. O nível das barragens está 2,85 ponto percentual acima do previsto. Em setembro, as barragens devem ter queda de 4% do seu nível. Antes do racionamento essa diminuição chegava 7%. Em agosto, a queda deve ser de 3%.