O ministro Pedro Parente, coordenador da Câmara de Gestão da Crise de Energia, só garantiu que o Plano B não será adotado apenas até setembro, ao contrário de Fernando Henrique, que disse à revista alemã Der Spiegel que não haveria apagões no país até o final do ano. Parente explicou que seu prazo é diferente do de Fernando Henrique pois ambos trabalham com "horizontes de tempo diferentes".O ministro afirmou ainda que está prevista uma redução de consumo de 7%, em razão da mudança de hábito do brasileiro, a chamada redução permanente", afirmou Parente, que participa de seminário sobre a crise de energia.
O ministro também disse que a redução de consumo no próximo ano não será superior à meta atual de 20%, e que na pior das hipóteses o consumo será reduzido em 5% sobre o aumento de consumo previsto de 30% em 2001. "O aumento de consumo tem como base o crescimento econômico.
Parente voltou a afirmar que que o Governo Federal não vai estabelecer as metas de economia de energia para o próximo ano com base no consumo já reduzido. Segundo ele, isso "jamais irá acontecer". Se for necessário o prolongamento do racionamento, Parente garantiu que a redução será menor do que os atuais 20%.
Ele explicou que técnicos do governo estão projetando para 2002 o nível de consumo, levando-se em conta o crescimento da economia. Sobre este número, Parente afirmou que a redução deverá ser de no máximo 5%. Segundo Parente, a necessidade de racionamento e o percentual a ser reduzido no consumo vai depender essencialmente das chuvas. Segundo ele, se a hidrologia for 81% da média histórica não haverá problemas. No entanto, na pior das hipóteses, se for 61% da média - o racionamento será necessário.
O ministro diz saber que há pessoas que não estão economizando tudo o que podem com medo de que, no futuro, o governo estabeleça uma redução sobre o que se está economizando agora. "Aqueles que estão fazendo isso agem de forma injusta e pouco inteligente. Dou minha palavra de honra que o governo não tomará como base o consumo já reduzido. Se isso acontecer, não fico mais no governo", garantiu.