Apesar do relaxamento registrado entre os consumidores no esforço pela economia de energia elétrica, além da redução das afluências das águas das chuvas, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste do País, o nível dos reservatórios vem mantendo seus índices de redução diária estáveis, acima dos patamares mínimos previstos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) quando traçou o plano do racionamento. Ontem, as reservas do Sudeste/Centro-Oeste mantinham 24,35% da capacidade, ou 2,73 pontos porcentuais acima da curva de referência que serve como alerta para a adequação das medidas do racionamento. No Nordeste, as represas estavam com 18,09% do potencial ontem, ou 0,85 ponto além do mínimo esperado.
Já o reservatório Tucuruí vem-se comportando um pouco fora dos planos do ONS, que traçou uma curva específica para o lago da usina paraense neste mês de agosto, levando em conta a extensão do plano de racionamento compulsório aos Estados atendidos pela usina (Pará, Tocantins e Maranhão). Ontem, o potencial preservado em suas reservas era de 83,86%, ou 0,30 ponto porcentual abaixo do esperado pelo operador. A preservação do potencial de Tucuruí é essencial para o plano do racionamento em razão de a usina ser responsável pela transferência de até 800 megawatts (MW) médios para o Nordeste, visando preservar os reservatórios do rio São Francisco, que alimentam as hidrelétricas nordestinas.
A afluência de água das chuvas aos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste permanece em agosto pouco acima do esperado, em 76% da média histórica, contra a previsão mínima de 75%. No Nordeste, o porcentual tem permanecido na média em 59%, contra o mínimo esperado de 56%. Já em Tucuruí, a afluência está acima do previsto, em 83%, contra os 76% indicados nos planos do ONS.
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