O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, criticou esta manhã os planos do governo federal para licitação de geração de 4 mil MW de energia em balsas. Victer disse que está lutando para que a medida não seja implantada no Rio porque, segundo ele, este sistema de geração causa sérios danos ao meio-ambiente. "Isto é um crime ambiental. Estas balsas emitem gás carbônico, além de representarem um grande risco de derramamento de óleo".
Ainda de acordo com o secretário, a energia gerada em balsas tem um custo muito elevado, que será repassado para as indústrias e para os consumidores residenciais. "Os empresários filiados à Federação das Indústrias do Rio já estão se conscientizando de que, economicamente, esta estratégia é ruim".
Para o secretário, a geração em balsas seria melhor aplicada no Nordeste, enquanto que no Sudeste o investimento deveria ser voltado para instalação de linhas transmissoras e pequenas centrais hidrelétricas. Wagner Victer esteve hoje no Palácio Guanabara para a assinatura de um convênio entre o governo do estado e a empresa energética Enron, para investimentos no Parque Estadual da Pedra Branca.