Para efetuar os desligamentos, a empresa irá levar em consideração os maiores estouros absolutos da meta de redução e 20% da meta de consumo.

A assessoria de imprensa da estatal informou que os consumidores nesta situação não chegam a 100 mil, mas ressaltou que o número de clientes que terão a energia cortada será definido progressivamente com a leitura do consumo de agosto, iniciada no último dia 4.

Para realizar os cortes de energia por descumprimento da meta, a Cemig deverá contratar serviços terceirizados. Isso, no caso de o número de cortes a serem realizados no Estado ultrapasse a capacidade de desligamentos da estatal, hoje em torno de 60 mil por mês (em função de inadimplência).

A assessoria de imprensa da estatal informou que não tem previsão sobre o número de funcionários que poderão vir a ser contratados para esse novo serviço. Os desligamentos, feitos até o momento apenas junto aos inadimplentes, já são realizados por empresas terceirizadas.

No balanço divulgado pela Cemig, na quinta-feira passada, o consumo de energia no setor residencial apontava para uma queda de 1,2%, reduzindo de 3.771 gigawatts para 3.727 gigawatts, entre o primeiro semestre do ano passado e o mesmo período deste ano.

O recuo, de acordo com a empresa, ocorreu em função da crise energética. Nos setores comercial e industrial, no entanto, a situação foi inversa. A energia utilizada pelas empresas cresceu, respectivamente, 6%, de 1.787 gigawatts para 1.895 gigawatts, no caso do comércio, e 6,9%, de 10.816 gigawatts para 11.556 gigawatts, no caso das indústrias.