A medida permitirá que estes setores da indústria tenham maior controle sobre seu gasto de energia, afastando-se do limite de consumo e do conseqüente corte no fornecimento. "Este setor terá condições de estabelecer melhor a sua meta, principalmente no setor de agricultura", afirmou Euclides Scalco, um dos integrante do Comitê Gestor da GCE.

Para entrar nesse grupo, as empresas terão que comprovar a sazonalidade junto às distribuidoras, a partir da divisão dos quatro menores consumos dos últimos 12 meses pelos quatro maiores gastos do mesmo período. O resultado desta divisão deve ser menor ou igual a 40%.

Uma nova resolução também será criada para facilitar a compra de energia das micro e pequenas indústrias que não conseguirem atingir a meta de racionamento. A comercialização de excedentes de energia é feita no Mercado Atacadista de Energia (MAE).

A Câmara também vai criar outra nova resolução para garantir o fornecimento de gás para as 10 das 15 termelétricas já em construção. São elas: Fafen, Termobahia (Bahia), Termopernambuco, Araucária (Paraná), Arjona, Corumbá, Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), Canoas (Rio Grande do Sul), Eletrobolt, Macaé Merchant, Termorio, Riogen (Rio de Janeiro), Ibirité, Juiz de Fora (Minas Gerais) e Piratininga (São Paulo). As termelétricas fazem parte do plano para aumento da demanda de energia

O CGE também fez alterações no Plano B. Os feriados, que serão adotados caso os resultados do Plano de Racionamento não sejam satisfatórios, serão às segundas-feiras, e não às sextas, como estava previsto. Se ocorrerem, os apagões devem acontecer nos sábados e domingos que antecedem os feriados.