Até 2005, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) pretende aumentar sua geração própria dos atuais 2% para 28% do total de energia distribuída pela empresa. A quantidade produzida hoje é proveniente de 22 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), todas no estado de São Paulo.
O aumento na geração deve acontecer a partir de quatro projetos ainda em fase de estudo. O principal deles é o da usina termoelétrica Carioba II, em Americana (SP) que deverá ter capacidade de 945 MW. Parceria da CPFL com a Shell e a Intergen, o projeto vai demandar investimentos em torno de US$ 500 milhões.
Segundo o diretor-comercial da CPFL, Oswaldo Feltrin, a usina está incluída no Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) do governo federal. Entretanto, a companhia vem enfrentando dificuldades em obter a licença ambiental para iniciar a construção.
"Temos cumprido todas as etapas. Espero que possamos iniciar as operações em 2003", disse Feltrin.
A meta da distribuidora paulista, que tem entres seus controladores a Previ e a holding VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa), também quer ampliar sua atuação em geração a partir de três projetos de construção de hidrelétricas na região Sul.
Os projetos do Complexo Energético Rio das Antas, divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina; de Barra Grande (SC) e Campos Novos necessitarão investimentos em torno de US$ 250 milhões e terão capacidade de geração total de 1126 MW.