Crise energética faz Phillips demitir mais de mil funcionários
Sexta, 03 de agosto de 2001, 15h26
A Phillips de Capuava anunciou esta manhã a demissão de 320 de seus 1.100 funcionários. Segundo a empresa, a decisão é conseqüência da crise de energia do país, que fez com que a produção caísse em 50%. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Região, Cícero Firmino da Silva, o Martinha, deflagrou uma greve na empresa na mesma hora em que foram anunciadas as demissões.
A paralisação será mantida até que se consiga um acordo para suspender as demissões ou negociar vantagens econômicas para os trabalhadores demitidos. A partir de amanhã, será paralisada a divisão da Philips que fabrica componentes, a fábrica Ibrape LG, também em Capuava, Mauá.
O presidente do Sindicato diz que estranha a decisão da Philips, principalmente diante do relatório da diretoria do Grupo Philips mundial, que registra a declaração de Gerard Kliesterlee, presidente e principal executivo da Royal Philips Electronics. No relatório, ele diz que a empresa tem problemas nos segmentos de telecomunicações, computadores e componentes, mas reconhece que a Philips do Brasil apresenta bom desempenho mundial nos setores de iluminação e equipamentos domésticos.
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