Depois de uma liminar impedindo a audiência pública sobre a privatização da Copel e de sua quase imediata cassação, obtida pelo governo do Paraná, está confirmado o leilão da geradora de energia para o dia 31 de outubro, em bolsa de valores ainda não definida.A audiência pública, como manda a lei, aconteceu hoje à tarde e o cronograma de venda da companhia corre no tempo certo, sob uma chuva de críticas da oposição e tentativas de impedimentos judiciais. O preço mínimo da companhia, considerada uma das mais eficientes e rentáveis do país, não foi divulgado, apesar da expectativa criada pela audiência pública.
Estima-se que a Copel possa atingir R$ 9 bilhões no leilão de privatização, mas a justificativa oficial para o adiamento do preço mínimo de venda foi que a empresa tem capital aberto e qualquer indicação de valores poderia prejudicar a companhia. O presidente da Copel e Secretário, Ingo Hübert - que hoje de manhã fugiu de uma oficial de Justiça - informou que o preço mínimo será divulgado somente no dia 24, junto com o edital de venda.
O consórcio Diamante, contratado para definir a forma de venda, aconselha a privatização em bloco único e a oferta de ações a empregados da Copel. Os funcionários poderão adquirir entre 8,5% e 10% das ações, com deságio de 50% sobre o valor mínimo.