Secretário carioca critica adiamento do projeto de Angra 3
Quarta, 01 de agosto de 2001, 20h52
O secretário de Indústria Naval, Energia e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, reagiu com irritação à decisão do ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, de pedir vistas ao projeto da usina nuclear de Angra 3. Segundo o ministro, é preciso avaliar com mais cautela os impactos ambientais da usina.
"Estou estupefato. Este processo está sendo avaliado há muito tempo pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Não é possível que ele (Sarney) ainda não tenha conhecimento do projeto. A impressão que tenho é de que esta decisão está sendo prorrogada, talvez para o próximo governo. Quem sai perdendo com isto é a região Sudeste, em especial o Estado do Rio de Janeiro" reclama Victer. De acordo com ele, o governo federal gasta anualmente cerca de R$ 20 milhões somente com a manutenção da usina.
O secretário disse, ainda, não entender a decisão do CNPE, tendo em vista os problemas energéticos que o país está atravessando. A usina de Angra 3 tem capacidade para gerar 1350 megawatts, o equivalente a 20% do consumo do Estado do Rio. O CNPE só vai se reunir novamente daqui a dois meses.