O núcleo-executivo Câmara de Gestão da Crise de Energia (GCE) está reunido neste momento no Palácio do Planalto para discutir os dois meses de racionamento. Os dados de economia estão sendo apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mas já se sabe que os três Estados da região Norte não atingiram a meta de 15%, e entrarão para valer no racionamento ainda este mês. Os estados do Tocantins, Pará e Maranhão (da região Nordeste, mas abastecido pelo Norte) conseguiram apenas uma economia de 9,8%.
Além do presidente da GCE, ministro Pedro Parente, estão presentes Euclides Scalco, um dos coordenadores da câmara; o ministro de Minas e Energia, José Jorge; o presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Mário Santos; o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce; e diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), José Mário Abdo. A reunião deve terminar no início desta tarde, mas terá continuidade amanhã, quando o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Francisco Gros, estará presente.
Durante à tarde, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) se reunirá para discutir dois grandes projetos de energia: Angra III e a hidrelétrica de Belo Monte. A partir das 15 horas, os sete ministros de Estado do Conselho discutirão o destino dos dois empreendimentos, no Ministério de Minas e Energia.
O CNPE é um órgão de assessoria direta do presidente Fernando Henrique Cardoso, integrado por José Jorge, que o preside; e pelos ministros Pedro Malan (Fazenda); Martus Tavares (Planejamento); Pedro Parente (Casa Civil); Benjamin Sicsú (Desenvolvimento); José Sarney Filho (Meio Ambiente); e Ronaldo Sardenberg (Ciência e Tecnologia). Também estarão presentes o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Mauro Arce, como representantes dos Estados; e o especialista no setor elétrico, professor José Goldenberg.