Com argumentos de que o estado exporta energia, irritado com a auditoria nas Centrais Elétricas de Goiás (Celg) e pressionado pelas ameaças dos empresários de demissões de trabalhadores, o governador Marconi Perillo (PSDB) se reúne, amanhã, com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Vai pedir revisão da meta de corte de 20% no consumo de energia elétrica.Nos cálculos do governo, o Goiás cresceu 28% no setor agrícola e 24,5% no industrial, enquanto que 52% da energia elétrica que produz são exportados para outros estados. Perillo quer que a cota de 20% seja reduzida entre 4% e 5%. Se mantida a regra atual, defende ele, os reflexos sobre a economia serão amplos.
"Há o risco iminente de retratação do crescimento econômico e o desemprego de milhares de trabalhadores", justificou Perillo que, a exemplo do governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), ameaça reagir contra a meta de racionamento determinada pela Câmara da Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE).
"Goiás não tem culpa da falta de previsão do governo federal, que gerou a crise de energia; não tem culpa de as providência não terem sido tomadas e, por isso, não pode ter seu crescimento econômico sacrificado", disse.
O governador goiano lembrou quer está cumprido pontualmente com seus compromissos junto à União, como pagamento dos juros da dívida. E acredita merecer um tratamento diferenciado do Governo Federal.