A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quer saber quais os municípios que não conseguiram reduzir a iluminação pública em 35%. Cada uma das 64 concessionárias de energia elétrica terão que apresentar detalhadamente o índice de economia realizada pelo município de sua área de atuação. A fiscalização foi iniciada nesta semana, na CEB - concessionária de Brasília. A assessoria de imprensa da Aneel não soube informar quando a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) será fiscalizada.
Segundo a assessoria da Aneel caberá à Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE) decidir o que fazer com os municípios que não cumpriram a meta de racionamento, a partir do resultado da fiscalização. A assessoria de imprensa da Câmara não foi localizada.
A Cemig, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que dos 853 municípios mineiros, todos os 774 municípios que estão sob a sua área de atuação conseguiram reduzir a iluminação pública em 35%. A redução se deu através do desligamento de postes.
O trabalho, que deveria ter sido realizado até o dia 31 de junho, foi concluído na semana passada, com o corte parcial da iluminação do anel rodoviário. Os demais 79 municípios são atendidos pela Cataguazes-Leopoldina e pela concessionária de Poços de Caldas.
Segundo, ainda, a assessoria de imprensa da Cemig, a concessionária mantém o cadastramento de todas as lâmpadas das vias públicas, o que permitiu realizar o corte inteligente, ou seja, desligar apenas as lâmpadas de maior potência.
Na própria Cemig, no entanto, técnicos especializados em iluminação pública, que pediram para não ser identificados, têm dúvidas se todos os municípios da área de concessão da empresa conseguiram cumprir a meta. Eles não quiseram, porém, detalhar as informações.
Caso tenha que realizar o corte da iluminação pública, a Cemig teria que desligar cada um dos postes, de acordo com a assessoria de imprensa. Segundo Alexandre Lisboa, diretor do Sindicato de Engenheiros de Minas Gerais, o corte total da iluminação pública é ilegal, pois vai comprometer os consumidores que já cumpriram as metas de racionamento de energia elétrica.
A presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM), Adriene Faria, não atendeu a reportagem do HOJE EM DIA.