O governo federal está confiante de que o racionamento de energia elétrica não deverá ultrapassar este ano e alongar-se durante 2002. A perspectiva é do presidente da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (CGE), ministro Pedro Parente, que concedeu entrevista no Palácio do Planalto hoje, após anunciar o Programa de Redução de Consumo por Corte de Carga, projeto que poderá vir a ser adotado, caso o racionamento de energia não seja bem sucedido até dezembro.
"Se nós alcançarmos o objetivo pretendido, ou seja, de contratar uma grande quantidade de energia para 2002, tanto para o Sudeste quanto para o Centro-Oeste, nós reduzimos muito a possibilidade de racionamento em 2002", afirmou Pedro Parente. No entanto, o ministro foi contundente ao pedir cautela nessa previsão, já que há muitos fatores envolvendo a questão da crise energética.
"Mas, para a gente ser mais afirmativo, mais taxativo em relação a isso, que é o que todos nós queremos, nós precisamos ver primeiro o resultado desse programa. Eu desejo muito vir aqui anunciar, dizer, em função do sucesso do plano emergencial de energia, de uma forma antecipada, antes do final do ano, que em função desse resultado, em 2002 não teremos mais racionamento. Mas não podemos dizer isso ainda hoje. É muito importante deixar isso bem claro", afirmou Pedro Parente.