“A descentralização da distribuição da energia, sua produção de maneira limpa e a capacidade de captar e armazenar energia térmica em situações peculiares, como à noite, chovendo, com o tempo nublado e no inverno", resume o pesquisador.

As piscinas solares contém água salgada e pode ser do tamanho de uma caixa d’água ao de um campo de futebol. Os diferentes níveis de salinidade na água e o fundo negro da piscina armazenam o calor e inibem sua perda. Uma piscina de um a dois metros de profundidade rende em potência térmica entre 15 e 25% da radiação solar que recebe. Segundo o pesquisador, o Brasil recebe em média recebe 2150 kWh/ano por m2 e só perde em termos de incidência para o Saara.

"Se o calor obtido for canalizado para um biodigestor cheio de lixo, a produção de gás metano será aceleradíssima", afirma Abbud. Ele também afirma que países como Israel e os Estados Unidos já se utilizam desta tecnologia. Nesses países, o tempo para a construção de uma piscina solar varia entre 4 e 22 meses, dependendo do tamanho. O custo estimado de manutenção é de US$100 mil por ano, mas Abbud afirma que estes dados se referem a projetos implantados no exterior, "aquém de nossa realidade".