Jarbas Soares/Redação Terra
Além do aumento de 16,61% na tarifa da energia, os paulistanos podem ter que pagar ainda mais caro pela eletricidade. A líder da Área de Assuntos Regulatórios da Eletropaulo, Sílvia Calou, afirmou que a Câmara de Gestão da Crise de Energia pode compensar o impacto do racionamento sobre os gastos da distribuidora.
A resolução número 4 do Plano de Racionamento de Energia estabelece que 2% da cobrança da sobretaxa será destinado a cobrir custos extras das distribuidoras com o racionamento, mas se o impacto for maior, a CGE poderá decretar um novo aumento da tarifa.
Segundo a Eletropaulo, os 16,71% de aumento são resultado da fórmula que consta no contrato de concessão da empresa. Deste total, cerca de 75% são relativos ao aumento nos custos de compra de energia para a redistribuição, além de tributos e encargos. O restante do aumento é para cobrir custos gerenciáveis, com funcionários e operação da empresa. O impacto do aumento do dólar também foi considerado para chegar ao índice de aumento.
Sílvia Calou também explicou que a empresa teve gastos extras com o racionamento de energia, para o envio de metas e cartilhas para os consumidores e a criação de um call-center para atender dúvidas sobre o Plano de Racionamento, mas estes gastos ainda não foram calculados.