O diretor-presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS), Mário Santos, afirmou que sempre haverá riscos de racionamento de energia elétrica no Brasil, porque é impossível dominar a natureza. Ele destacou, no entanto, que considera o sistema elétrico brasileiro "bem planejado, bem concebido e bem operado".
Mas, admitiu que os atrasos em obras, crescimento da demanda e efeitos da falta de chuvas no nível dos reservatórios interferem no funcionamento pleno do sistema. Ele defende a entrada em funcionamento de usinas termelétrica flexíveis, como complementação.
Estas usinas, explicou, funcionariam apenas em períodos de seca, ficando paradas em épocas de equilíbrio na oferta de energia. O diretor-presidente do ONS acrescentou que as térmicas também poderiam armazenar energia para casos de emergência.
Mário Santos brincou, afirmando que São Pedro deve estar com uma "crise de avareza". Mas, "temos que continuar agradecendo pelo que ele fez no passado e continuar acreditando no Santo".
Santos estima que há 20% de possibilidade de a crise energética continuar no próximo ano. Estes problemas, disse, só seriam resolvidos com 90% de chuva nos próximos meses de janeiro e fevereiro.