Secretaria de Política Econômica acha apagão ineficaz
Sexta, 29 de junho de 2001, 10h40
O relatório da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, sobre os efeitos do racionamento de energia elétrica, considera ineficaz o apagão, como forma de reduzir o consumo. Segundo o documento, os cortes programados de energia, se efetivados, poderão levar a uma "desarticulação da economia".
Os cortes seriam extremamente punitivos para diversos setores, como o de serviços, afirma o texto. A medida, ainda de acordo com o relatório, poderia desestimular a programação de férias coletivas e os turnos de trabalho.
O documento não prevê alterações na estimativa do Produto Interno Bruto de 2002, cuja previsão de crescimento é de 4%. Para esta avaliação, são levadas em conta a continuação do programa de racionamento, a entrada em operação de novas usinas termelétricas e a manutenção dos atuais níveis de consumo observados desde o ano passado nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Neste cenário, a Secretaria de Política Econômica acredita que, mesmo na possibilidade de o racionamento ser suspenso, a meta do PIB para o próximo ano será mantida.