O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Delcídio do Amaral, anunciou que haverá impacto no preço da energia elétrica produzida pelo gás natural boliviano, após os doze meses de congelamento da tarifa cambial fixada em portaria, durante a visita do presidente Fernando Henrique Cardoso à Bolívia. O impacto será bastante reduzido, mas haverá, disse. Delcídio explicou que o adiamento do anúncio do novo pacote energético pelo presidente Fernando Henrique foi uma necessidade para consolidação das medidas. Para o diretor da Petrobras, o pacote vai tirar o país do racionamento já no ano que vem.
Ainda de acordo com ele, a estatal estará examinando na segunda-feira, sugestões de medidas para inclusão no pacote e que serão levadas ao ministro Pedro Parente, presidente da Câmara de Gestão da Crise Energética.
As propostas são as seguintes: antecipação no cronograma de construção de dez termelétricas, aceleração do projeto de descoberta de novas jazidas de gás natural no Espírito Santo, com capacidade de 4 milhões de metros cúbicos/dia, e associações entre a Petrobras e Eletrobrás para exploração de novas reservas de gás natural no país.
Delcídio do Amaral informou que, no curto prazo, a partir de março de 2002, a Petrobras poderá aumentar a oferta de energia em 2.800 MW, superando os anos anteriores.