A Aneel comemora o resultado com o leilão de oito usinas hidroelétricas realizado na bolsa de valores do Rio de Janeiro. Só nesta quinta-feira, o recorde de ágio em leilões da Aneel foi quebrado duas vezes. Na primeira a Construtora Triunfo arrematou, por R$ 19 milhões, as usinas Fundão e Santa Clara, hoje, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, com ágio de 2096%. Pouco depois a Aneel conseguiu R$ 86,14 milhões pela Usina da Serra do Facão, em Goiás, com 3069% de ágio, com o lance final em R$ 37 milhões. Apenas pelas concessões, a Aneel conseguiu R$ 86,14 milhões no leilão, que começou por volta das 10 horas e durou cerca de três horas.
As novas usinas serão construídas nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. O total de energia gerado quando todas estiverem funcionando é de 2,282 MW.
Participaram do leilão 14 consórcios e 11 empresas, que haviam feito o depósito das garantias na quarta-feira, na CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia). Além das empresas nacionais, outras de 7 países participaram do leilão.
O leilão começou com a primeira quebra de recorde. A Construtora Triunfo arrematou o Complexo energético que compreende as Usinas Fundão e Santa Clara com ágio de 2096%, por R$ 19 milhões. Juntas, as usinas geram 238 MW de potência e estão localizadas no Rio Jordão, no Paraná.
O segundo leilão foi da concessão da Usina de Corumbá III, em Goiás, arrematada por R$ 680 mil pelo Consórcio Corumbá. A usina irá funcionar no Rio Corumbá e terá potência de 93,6 MW. Em seguida foi a vez da usina de São Jerônimo, localizada no Rio Tibagi, entre os municípios de Tibagi e Londrina, no Paraná. A concessão foi arrematada por R$ 1.260 milhão pelo Consórcio São Jerônimo.
A usina de Baí I com potência instalada de 110 MW, localizada no Rio Doce, municípios de Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce, em Minas Gerais foi arrematada por $ 3,4 milhões, com ágio de 997% em relação ao lance inicial que era de R$ 310 mil. Logo após o Consórcio Foz do Chapecó arrematou, por R$ 18 milhões, com ágio foi de 574%, a usina de Foz do Chapecó. A hidroelétrica aumentará o potencial de geração elétrica do Brasil em 840 MW. A usina utilizará as águas do Rio Uruguai.
O recorde de ágio obtido pela Aneel foi novamente batido no leilão da usina de Serra Facão. O leilão foi o penúltimo do dia. O grupo de investimentos Serra do Facão, liderado pela companhia de alumínio Alcoa, arrematou a usina goiana por 37 milhões, com o ágio de 3069%.
Por fim foi leiloada a Usina de Peixe Angical por R$ 6,8 milhões. O ágio alcançado no leilão foi de quase 200%, pelo grupo Enerpeixe. A usina usará as águas do rio Tocantins, entre os municípios de Peixe e São Salvador. Apenas três grupos de investimentos disputaram o leilão da usina, a última das oito oferecida pela Aneel na bolsa de valores do Rio de Janeiro.
Mão no Bolso - O governo federal deixará de investir cerca de R$ 3,5 bilhões com o setor de energia elétrica nos próximos sete anos. O investimento passou para as mãos do setor privado. A afirmação foi feita pelo diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Mário José Abdo, para a Globonews.
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