A única transação efetuada no dia foi registrada exatamente às 13h30. Até então, o preço mínimo ofertado para a venda (de R$ 595 o MWh) não havia atraído compradores. Interessados na obtenção de energia haviam proposto apenas comprar o MWh por, no máximo, R$ 212. Como o preço nos pregões de energia é determinado pela regra de "fixing", o negócio só é fechado quando há um consenso.

Foram feitas ofertas de compra de 5 mil MWh, a R$ 212; de outros 5 mil MWh, a R$ 210; e de 100 MWh, a R$ 595. Do outro lado, apareceram ofertas de vendas de mil MWh, a R$ 595; de 500 MWh, a R$ 650; e de 300 MWh, a R$ 660. Com a regra de 'fixing', os compradores que ofertarem o preço máximo podem até mesmo conseguir fechar negócios por valores menores. O mesmo benefício pode ser obtido pelos vendedores, que muitas vezes terão a chance de vender por preços maiores que os inicialmente ofertados. As ofertas têm início às 8 horas.

O superintendente-geral da Bovespa, Gilberto Mifano, afirmou que o dia foi de poucas ofertas de venda, o que estimulou a prorrogação do prazo. No entanto, a partir de amanhã, o horário limite para as ofertas será às 13 horas e o resultado final do pregão deverá ser divulgado às 14h30. Para a gerente de atendimento a agentes da Asmae, Patrícia Arce, o resultado de hoje está dentro da expectativa da administradora. Não foi divulgado o número de empresas que participaram do leilão. Patrícia informou apenas que sete corporações obtiveram senhas para registrar ofertas, além de 12 agentes do MAE (geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia).

Todos os 27 Certificados de Direito de Uso de Redução de Meta foram emitidos hoje, contrariando a regra inicial de que deveriam ter sido produzidos pelas distribuidoras até a última quarta-feira. Mifano e Patrícia argumentaram que, diante do pequeno prazo para a preparação do sistema, o número de participantes e o valor da negociação (de R$ 595) foram satisfatórios.