>Capa >Notícias
COMO ECONOMIZAR
Gasto por eletrodoméstico
Economize em casa
Calcule sua economia
COMO SERÁ O PLANO
DE COMBATE À CRISE
Plano de Racionamento
Cortes e sobretaxas
Serviços públicos
CRISE DE ENERGIA
Motivos da crise
Energia no Brasil
Crise em 2002?
Conseqüências do racionamento
Apagões nos EUA
NOTÍCIAS
PARTICIPE
Dê sua opinião
Mande dicas de economia de energia
Tire suas dúvidas
NOTÍCIAS

 

Crise energética evita abertura de 78 mil vagas em SP

Segunda, 25 de junho de 2001, 16h48

O secretário Extraordinário de Trabalho do município de São Paulo, Márcio Pochmann, acredita que 78 mil vagas de trabalho deixarão de ser abertas na cidade por causa da crise energética do País. Segundo ele, com o programa de racionamento proposto pelo governo o ritmo de atividade industrial será reduzido, o que diretamente irá impactar no nível de ocupação e nos rendimentos do trabalhador. É uma estatística conservadora", afirmou.

Pochmann explicou que em seu levantamento não foi considerado, até porque ainda é cedo para ser quantificado, os investimentos que foram postergados e o impacto que as medidas podem trazer na renda do trabalhador. "Trabalhamos apenas os elementos mais palpáveis", afirmou.

O secretário disse ainda que o efeito do racionamento de energia no País vai reduzir em cerca de 600 mil postos de trabalho. Ele prevê que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no País ter uma redução de dois pontos porcentuais. A previsão do governo era que ocorresse um crescimento de 4,5%, mas o próprio presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC), já considera a queda de um ponto porcentual.

Estimativas vão por água abaixo -Apesar de considerar cedo para analisar o impacto da crise energética no mercado de trabalho, o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Lauro Vieira de Farias disse que todas as estimativas feitas no início do ano a respeito da queda na taxa de desemprego no País foram "por água abaixo".

No início deste ano, Farias havia afirmado que se o crescimento econômico do País ficar no patamar de 4% em 2001, a taxa de desemprego deverá cair de 7,5% - estimativa para 2000 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - para 5% em 2001.

Ele disse, porém, que a taxa de desemprego não deve cair mais neste patamar não só por causa da crise energética, mas também pela desvalorização cambial. "É possível que o nível de emprego caia", afirmou o economista. Segundo ele, os setores que deverão ser mais afetados serão principalmente o de eletroeletrônico. "A desvalorização diminui o consumo interno", completou.

Recentemente, o professor do departamento de Planejamento e Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando Garcia, divulgou um estudo sobre o impacto da crise energética sobre a economia brasileiro. Segundo levantamento, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5 ponto porcentual.

A previsão do governo era que o crescimento fosse algo em torno de 4,5%. Além disso, mostra que a redução na produção implicará o encerramento, ou a não abertura de cerca de 800 mil a 1 milhão de vagas no País - 70% desse número se referem à não-abertura de novos postos de trabalho.

O professor afirmou que o impacto da crise energética poderá ser melhor quantificado em julho. Mas, ele acredita que o setor de construção civil sentirá muito devido a limitação de investimentos. No caso do setor de eletrointensivo, os complexos siderúrgicos serão os que mais sentiram a crise.
Redução da jornada pode evitar demissões -A redução da jornada de trabalho e a concessão de férias coletivas aos funcionários podem ser alternativas para as empresas evitarem demissão em consequência do programa de racionamento de energia elétrica do governo federal para amenizar a crise que vivencia o País. As centrais sindicais já se manifestaram favoravelmente a questão da redução da jornada de trabalho porém sem diminuição do salário do funcionário.

Para o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Fernando Garcia, a redução da jornada de trabalho, eliminação das horas extras e as férias coletivas são os ajustes possíveis para evitar uma demandada de demissões. Ele chamou atenção, porém, que essas medidas devem provocar a redução da renda do trabalhador o que influenciará automaticamente no consumo e, consequentemente, no nível de produção da indústria. "A família vai ter um orçamento mais restrito", afirmou.
Em estudo sobre os impactos de um racionamento de energia elétrica sobre a economia brasileira, divulgado recentemente pela FGV, Garcia mostra a redução de 20% no consumo de energia elétrica do País pelo período de seis meses implicará o encerramento ou não abertura de cerca de 850 mil a 1 milhão de postos de trabalho.

Para o professsor, a redução da atividade econômica provocaria a demissão de trabalhadores da ativa e, em escala menor, a não abertura de vagas programadas para este ano, o que representaria a retração estimada acima.

O vice-presidente da presidente da Social Democracia Sindical (SDS), Roberto Santiago, concorda com Garcia e afirmou que as empresas estão buscando alternativas para atender a meta de redução estabelecida pelo governo como a extinção do terceiro turno por meio da transferência do funcionário para o período diurno. "A limpeza bruta de uma fábrica, por exemplo, está sendo feita aos sábados.

Apesar de não ter como quantificar quantos funcionários poderão ser demitidos em consequência do racionamento de energia, Santiago afirmou que no Estado foram revistas 2.000 dispensas. "A redução da jornada seria uma boa solução. Existem dois aspectos positivos, no momento de crise não precisa demitir e movimenta outros setores da economia", disse. Por outro lado, o vice-presidente da SDS afirmou que apenas no atual momento de crise é favorável as férias coletivas para evitar demissões. "Em situação normal nós não vamos admitir", disse.

Na semana passada, a Arno confirmou nesta semana que está dando férias coletivas para 30% de seus 2.300 funcionários. A medida atinge as unidades do Ipiranga (zona sul de São Paulo), Mooca (zona oeste de São Paulo) e Jordanésia (interior do Estado).

Leia mais:
» Malan reafirma que crise energética deve ser superada em 2002

Fonte : Investnews - Gazeta Mercantil

CALCULADORA

Calcule suas despesas
E veja quanto consegue economizar na sua conta de eletricidade

   
Terra Mail | Anuncie | Assine | Fale com o Terra
  Terra Argentina | Brasil | Colômbia | Costa Rica | Chile | El Salvador | Espanha | Guatemala | Honduras | México | Nicarágua | Panama | Peru
República Dominicana | USA | Uruguai | Venezuela Aviso Legal | Política de Privacidade | Proibida sua reprodução total ou parcial
Resolução mínima de 800x600 © Copyright 2001,Terra Networks, S.A