As cooperativas de eletrificação rural poderão ter sua meta de redução de consumo aumentada, de 10% para 15%, se comprovarem que atendem não apenas os consumidores rurais. Trata-se de uma das mudanças previstas na resolução 16 da Câmara de Gestão da Crise de Energia, publicada hoje no Diário Oficial. A resolução também prevê um ajuste para as cidades que, mesmo localizadas em estados fora do racionamento, forem atendidas por distribuidoras com sede nos planos incluídos no racionamento. É o caso das cidades de Jacarezinho, Barra do Jacaré e Ribeirão do Norte, no Noroeste do Paraná, que são atendidas pela companhia Santa Cruz de Eletricidade (SP). Estes municípios terão as mesmas regras do racionamento adotadas no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste.
A mesma resolução deixa fora do racionamento as cidades que não fazem parte do sistema nacional interligado e têm geração própria, apesar de estarem em estados incluídos no plano. É o caso de Porto Murtinho (MS).
Os fabricantes de gás de cozinha estarão sujeitos a uma meta menor de redução de consumo, apenas 15%. A alegação é de que o combustível é um substituto da energia elétrica. Também ganham tratamento especial as indústrias que produzem gás para uso hospitalar. A parte da produção destinada ao uso hospitalar está isenta do racionamento. Os demais usos, como gás industrial, ficarão sujeitos à meta de redução de 25%. Como na maioria das empresas 30% da produção é para uso hospitalar, a meta ponderada de redução foi determinada em 82,5%.
Os setores da indústria que não tinham meta especificada na resolução número 8 ficam obrigados a reduzir o consumo em 20%. Os hemocentros foram incluídos na categoria de hospitais e unidades de saúde públicas, que têm que reduzir apenas 10% do consumo.
As empresas de água, esgoto e saneamento terão que reduzir 35% de consumo na área administrativa e estarão isentas de cortes nos demais serviços.