Especialista critica modelo de privatização do setor elétrico
Quinta, 21 de junho de 2001, 11h39
O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, defende como um dos primeiros passos para evitar crises no setor hidrelétrico o equilibrar do armazenamento e uso da água. Na sua opinião, concorreu para o atual quadro de racionamento a queda nos investimentos pelas estatais elétricas, com o descompasso entre demanda e oferta.
"É fundamental ter um modelo onde seja mantida a geração elétrica barata, o que implica não privatizar essas estatais no modo proposto", afirmou Pinguelli, que participa no Senado de audiência pública da Comissão Mista Especial sobre a Crise de Energia.
A solução da crise energética, segundo ele, passa pela revisão da atual política governamental para o setor, que concentrou esforços na geração de energia à base de gás natural. Entre as saídas a curto e médio prazos, o professor da UFRJ ressaltou o aproveitamento de fontes alternativas, como a energia eólica e a resultante do bagaço da cana e do lixo urbano.
Ao comentar o racionamento, ele considerou ’intolerável’ submeter os consumidores residenciais à ameaça de corte no fornecimento. As informações são da Agência Senado.