Mercosul debate crise energética brasileira e câmbio argentino
Quarta, 20 de junho de 2001, 11h28
Sete presidentes sul-americanos encontram-se nesta semana no Paraguai para tentar revitalizar o Mercosul, abalado pela crise energética no Brasil e pelas mudanças no câmbio argentino. Participam do encontro Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai (membros do pacto), além de representantes do Chile, Bolívia, Venezuela e Moçambique (como observador convidado).
Ministros da Economia e presidentes de bancos centrais começam os debates na quarta-feira, com a discussão sobre a liberalização do setor automotivo antes do prazo inicial, 2006. Carros e autopeças representam um terço dos negócios do Mercosul.
A maior preocupação para a indústria do bloco é a crise energética no Brasil. "Os negócios com o Brasil são baseados no nível de atividade econômica, assim estou mais preocupado com a crise energética no Brasil do que com a taxa de câmbio'', disse Javier Finkman, economista chefe do HSBC Argentina.
"Mudanças na taxa de câmbio foram consideradas uma revisão na política comercial da Argentina, já que as importações do Brasil terão imposto de oito por cento. Isso significa que o Mercosul já não é uma área de livre comércio como diz oficialmente o pacto'', disse Walter Molano, chefe de pesquisa da BCP Securities.