O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou hoje o prognóstico de chuvas para o período de junho a setembro. Este ano, a previsão é que as chuvas sejam antecipadas para agosto nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o que pode alterar os planos do governo no racionamento para as duas regiões. Já no Nordeste, a situação é crítica: não deve chover até o final do ano. A explicação é que será um ano neutro, onde não ocorrem os fenômenos El Niño e La Niña. As chuvas poderão atingir as nascentes dos rios Grande, Paranaíba e São Francisco, em Minas Gerais. No Sudeste e Centro-Oeste, o nível de chuvas deve ser 10% maior que nos anos anteriores.
Já no Nordeste, não deve chover até o final do ano porque neste período as chuvas terminaram em maio, como explicou o chefe da Divisão de Meteorologia Aplicada do Inmet Expedito Rebello.
Pelas previsões do Inmet, o nível dos reservatórios no Nordeste deve chegar até o final do ano com menos de 5% de sua capacidade. Este era o número previsto pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) como o cenário mais crítico para a região. Rebello explicou que as chuvas que cairão no Sudeste não serão suficientes para aumentar os níveis dos reservatórios no Nordeste.
Segundo o ONS, deveria chover, pelo menos, 56% da média histórica dos últimos 70 anos. De acordo com o balanço divulgado pelo Inmet, esta média chegará a, no máximo, 20%.
Rebello citou que, em maio deste ano, não choveu no reservatório de Sobradinho (BA), como a 32 anos não acontecia. "É um período tão seco como 1979, 82 e 83", afirmou. A margem de acerto das previsões é de 70%.
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