Atualizado às 13h34Os governadores dos estados do Maranhão, Pará e Tocantins, interligados ao Sistema da Hidrelétrica de Tucuruí, comprometeram-se hoje com o presidente Fernando Henrique Cardoso a tentar atingir uma meta de racionamento de energia elétrica de até 15%, a partir de 1º de julho. Segundo o presidente da GCE, ministro Pedro Parente, que concedeu entrevista à saída do Alvorada, os três estados terão até o dia 31 de julho para cumprir a meta de economia estabelecida hoje. Neste período, os consumidores dos três estados não pagarão a sobretarifa sobre o consumo de energia acima da média e nãi terão cortes de energia. Se não alcançarem o percentual de 15% eles estarão sujeitos, assim como os estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, às medidas do racionamento.
"Está implícito que vamos impor o sistema da forma como colocamos no resto do país", afirmou o ministro Pedro Parente, coordenador da Câmara de Gestão, referindo-se ao Plano de Racionamento.
Segundo a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, os estados devem atingir esta meta até o dia 31 de julho. "Nós conseguimos que a administração dessa redução seja feita pelos governadores dos três estados", afirmou, após a reunião de quase duas horas no Palácio da Alvorada. No Maranhão, a redução pode ser concentrada na administração pública, porque, segundo a governadora, cerca de 70% dos consumidores residenciais gastam até 100 kWh e teriam dificuldade em diminuir o consumo.
A redução voluntária do consumo nestes estados será para garantir a transferência de 1000 MW da Usina de Tucuruí para o Nordeste. "Vamos contribuir com o Nordeste porque sabemos que a situação é complicada", afirmou Roseana.
A decisão foi tomada há pouco, no Palácio do Planalto, em reunião entre o presidente Fernando Henrique Cardoso, integrantes da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), e os governadores destes estados que dependem da energia gerada pela hidrelétrica de Tucuruí (PA) e fazem parte do Sistema Integrado da Região Norte.