A Confederação Nacional da Indústria divulgou hoje o resultado da pesquisa de Indicadores Industriais CNI. Apesar de a maioria dos índices ter apresentado uma leve queda, o resultado final foi positivo. Apesar da desvalorização do câmbio e a alta dos juros, desde março, terem influenciado nos resultados de abril, o fator mais importante na evolução do nível de atividade - e que resultará nos maiores impactos nas indústrias - será o racionamento de energia. As vendas reais e as horas trabalhadas na produção recuaram, respectivamente, 0,13% e 1,35%, em termos desazonalizados (quando são desconsiderados efeitos específicos do período avaliado).
Ainda que os indicadores mantenham-se em patamar elevado, o leve recuo sinaliza uma acomodação no nível de expansão, menor do que o do início do ano.
As vendas e as horas trabalhadas caíram 4,59% em relação a março, influenciado pelo número menor de dias úteis. Nos quatro primeiros meses do ano as horas trabalhadas tiveram resultado positivo de 4,11%. A utilização da capacidade instalada apresentou queda de 0,9%, ficando em 80,1% - mantendo-de, contudo, acima dos 80% desde o início de 2001.
Já o total dos salários pagos em abril aumentou 1,64% pelo segundo mês consecutivo, empurrado pelo aumento do salário mínimo. No acumulado de janeiro a abril, o indicador chegou a 5,99%.