Centrais Sindicais se reunem em São Paulo, mas não apresentam propostas
Quarta, 06 de junho de 2001, 20h00
Centrais sindicais e empresários ainda não definiram propostas alternativas ao plano de racionamento do governo. Na primeira reunião da chamada Câmara Energética da Sociedade Civil, que durou cerca de duas horas, na capital paulista, entre representantes dos trabalhadores, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Associação Comercial do Estado, definiu-se apenas o cronograma de trabalho: haverá reuniões entre eles todas as quartas-feiras. De concreto, apenas a intenção. "Induzidos por um problema (da crise energética) temos que encontrar um caminho para diminuir as diferenças que realmente existem entre a gente", admite o diretor da Fiesp, Arthur Quaresma. Para o secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Antonio Carlos Grena, a formação de uma Câmara Civil, entre trabalhadores e empresários, já começa a dar resultados. "O governo ter recuado de algumas decisões já é uma conseqüência das pressões que a sociedade tem feito. A Câmara também tem essa função". O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que a Câmara terá como prioridade criar soluções para garantir o emprego. "Definimos que essa deve ser a principal questão a ser discutida pelos membros da Câmara Civil. Na próxima reunião discutiremos a redução da jornada de trabalho, de 44 horas semanais para 40 horas sem diminuição do salário, mas com compensação para a indústria através de uma diminuição do ICMS e ISS", comentou.
Fonte : JB Online
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