Associação defende compra de energia do excedente da indústria
Quarta, 06 de junho de 2001, 17h58
O presidente da Associação Brasileira de Ferro-Ligas e Serviços Metálicos (Abrafe), Adelmo Melgaço, defendeu há pouco, durante reunião com a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE), a possibilidade do governo federal comprar a energia relativa à economia excedente das indústrias ao invés deste volume ser negociado em leilões do Mercado Atacadista de Energia (MAE). Ele avalia que "é mais útil economizar a água que não for usada para gerar energia do que negociá-la. Afinal isso significa armazenar para o futuro".
Melgaço disse que o setor acha muito rigorosa a cota de 25% de economia de energia, mas "como é lei vamos obedecer". A Abrafe representa 18 empresas de ferro-liga e gera 30 mil empregos diretos, que, segundo Melgaço, continuam garantidos. "Ainda não há desemprego no setor", afirmou.
Em 2000, o setor - que tem mais de 60% das empresas em Minas Gerais, consumiu 6,5 milhões de mWh, o que representa 2% do consumo nacional.