Os apagões continuavam hoje castigando os dominicanos e provocando protestos nos bairros populares, onde estão sendo quebrados medidores de energia, enquanto o governo diz que prevê resolver a crise energética em 2003 e é cada vez mais questionada a privatização do setor. O presidente da República Dominicana, Hipólito Mejía, um social-democrata no poder desde agosto de 2000, vem enfrentando os protestos populares, que causaram quatro mortes nos últimos 15 dias, e admitiu que não pode resolver a curto prazo o problema dos apagões, que os dominicanos enfrentam há mais de 20 anos.
Na noite passada, durante os protestos registrados em diversos bairros de São Domingos foram queimados pneus nas ruas e destruídos cerca de 10.000 medidores de energia.
Quase dois anos depois da privatização da estatal Corporação Dominicana de Eletricidade, apresentada como solução definitiva para os problemas de energia da República Dominicana, a situação só piorou.
Os usuários dominicanos têm que pagar tarifas mais altas e enfrentam apagões que às vezes se estendem por até 18 horas.