Atualizado às 17h48
O coordenador da Câmara de Gestão da Crise de energia, ministro Pedro Parente, disse em reunião com a Comissão Especial Mista do Congresso Nacional, que novas medidas do Plano Emergencial de Racionamento podem ser adotadas no Nordeste, caso a região não obtenha a recuperação dos reservatórios das usinas hidroelétricas.
Segundo Parente, a CGCE trabalha com a hipótese de que a afluência (quantidade de chuvas) na região seja a média dos últimos 70 anos e que a população contribua com as medidas do racionamento. Neste caso, o nível dos reservatórios pode chegar ao fim do período seco (outono e inverno) com apenas 4,3% da capacidade, abaixo do limite de 5%.
O ministro avaliou ainda que a CGCE não pode garantir que não haja apagões na região. Ao ser perguntado sobre a possibilidade da baixa dos reservatórios de água prejudicar planos de irrigação no nordeste,o ministro não soube responder.
No Sudeste, a situação é mais tranqüila. Com as mesmas situações de cálculo, a região deve chegar ao final do período seco do ano com 12,8% da capacidade dos reservatórios. “Este número nos dá condições de trabalhar sem a hipótese de apagões por enquanto.
Comemoração - O ministro Pedro Parente comemorou os bons resultados obtidos até agora pelo Plano de Racionamento. “Os números de redução de consumo estão sendo expressivos, mesmo em lugares livres do Plano”.
A significativa redução no consumo de energia elétrica no mês de maio deveu-se basicamente à economia proporcionada pelas residências e pelo setor público. Segundo o ministro, o setor industrial entrou no Programa de Racionamento somente no dia 1º de junho
Apesar dos bons resultados, Parente voltou a destacar que a transferência de energia do Norte para o Nordeste e do Sul para o Sudeste continua por enquanto.
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