Todos os gastos que estão sendo feitos por conta do racionamento de energia serão separados em uma conta pela Light Serviços de Eletricidade, para ser apresentada ao governo no momento adequado, disse um diretor da empresa nesta segunda-feira. “Vamos tentar cobrar essa conta em uma próxima discussão tarifária”, disse o diretor jurídico da empresa, Sérgio Ribeiro.
A data de reajuste de tarifa da Light é maio, porém é possível que a diretoria tente antecipar essa discussão, disse o diretor.
Até agora, só para esclarecer a população com folhetos, quiosques de informação, ``kits apagão'' (com bolsa, chaveiro lanterna e folhetos informativos), esclarecimento pela TV, a empresa fez uma provisão de 10 milhões de reais. ``E mais será gasto com questões jurídicas, ajustes na área de informática, contratação de pessoal para fazer os cortes, se tiverem'', lista Ribeiro.
O diretor está concentrado no momento em recorrer das liminares que impedem a Light de cobrar a sobretaxa dos consumidores que ultrapassarem suas cotas, assim como realizar cortes de fornecimento de energia.
Ao todo, são 14 ações tramitando na Justiça do Rio com seis liminares concedidas. A Light vai recorrer até sexta-feira de todas as liminires, recomendando aos juízes que transfiram a competência de julgamento para o âmbito federal. ``Vamos alertar aos juízes regionais que transfiram as ações para a justiça federal, porque envolvem a União'', disse Ribeiro, que espera que até sexta-feira tudo esteja resolvido.
As liminares vão obrigar à Light a ter ainda mais gastos, completa o diretor, já que terá que emitir duas contas, com e sem sobretaxa, para o caso da liminar estar ou não em vigência. ``É uma loucura, significa cada vez mais custo'', desabafa.